O TETRAGRAMA
PB.RAILSON SOUSA: O Tetragrama
A
credita-se que o Tetragrama hebraico
designa o nome pessoal do “Deus de
Israel”, como foi originalmente escrito e en-
contrado na Torah, o primeiro livro do Pen-
tateuco. Este tetragrama varia como YHWH,
JHVH, JHWH e YHVH. Em algumas obras,
especialmente no Antigo Testamento, escrito
em sua maioria em hebraico com partes em
aramaico, o Tetragrama surge mais de 6 mil
vezes (de forma isolada ou em conjunção
com outro nome divino). Porém, há ainda
uma crença entre os judeus do início do perí-
odo cristão, de que a própria palavra Torah
seria parte do nome divino. Há outra relação
interessante encontrada nos nomes originais
de Adão e Eva, Yod e Chawah, respectiva-
mente. Uma combinação entre estes dois
nomes resulta numa das variações do tetra-
grama YHVH, fato que sugere uma relação
entre Criador e criatura. Com o decorrer do
tempo, foram adotados outros termos para
se referir ao Tetragrama: “O Nome”, “O
Bendito” ou “O Céu”.
O místico cristão Jacob Boehme, utilizando-
se de uma cabala gráfica, a Árvore da Vida,
encontrou os 72 nomes de Deus (publicado
em 1652, no livro Oedipus Aegyppticus). Sen-
do que todos são formados por apenas qua-
tro letras, o que caracteriza o Tetragrama.
Segundo Israel Regardie, em seu livro “Magia
Hermética: A Árvore da Vida, Um Estudo
Sobre a Magia”, a fórmula do Tetragramma-
ton aplica-se aos Quatro Mundos e aos qua-
tro elementos primordiais. A letra “Y” é atri-
buída ao mundo arquetípico, sendo o Pai o
gerador de tudo, o todo-devorador dos
mundos. Neste caso, o “Y” também repre-
senta o elemento Fogo, que anuncia a natu-
reza ativa, impetuosa e espiritual do Pai. O
[30/4 10:09] PB.RAILSON SOUSA: primeiro “H” do Tetragrammaton associa-se
ao mundo criativo. Sendo receptivo e passi-
vo, a ele pertence o elemento Água. Esse pla-
no simboliza a mãe que, antes que o Filho
possa ser gerado, aguarda a energia criativa e
o influxo da vida divina proveniente do Pai.
Cabe ao mundo formativo, a letra “V”, sendo
atribuída a esta letra o elemento Ar, pois
sendo o Filho, tal como o Pai, é também ati-
vo, masculino e energético. Para complemen-
tar o nome divino, o segundo “H” é similar à
Mãe, passivo e inativo, recebe quaisquer in-
fluências que sejam derramadas em seu inte-
rior. No Livro dos Esplendores “H” é dupla-
mente chamado de Palácio do Rei e Filha, ao
representar o mundo físico, síntese de todas
as esferas.
A árvore, composta de raízes, tronco, galhos
e frutos, é vista na Cabala como uma metáfo-
ra para o processo pelo qual a luz e energia
Divinas são canalizadas na Criação. Como em
toda metáfora que contém quatro compo-
nentes intrínsecos, esta reflete, também, o
fluxo meditativo-criativo associado às quatro
letras do Tetragrama Sagrado. As raízes cor-
respondem ao Yod do nome Divino, deno-
tando o ponto da essência no coração de
toda realidade emergente; o tronco, ao pri-
meiro He, significando a expansão inicial do
potencial interior, os galhos ao Vav, o poder
da extensão quando se passa no “reino ocul-
to” de puro potencial para o “reino elevado”
da consecução; e o fruto corresponde ao He
final do nome Divino, como a expressão su-
prema do ser, atingido pela manifestação do
potencial interior dentro do contexto revela-
do da Criação.
O Yod e o primeiro He do Sagrado Tetra-
grama, que são as raízes e o tronco da árvo-
re, representam os poderes ocultos da inteli-
gência – Hockmah (Sabedoria) e Binah
(Entendimento) - que são organicamente uni-
das num elo inquebrantável. O Vav e o He
final, correspondentes aos galhos e frutos,
representam a gama dos atributos Divinos
revelados – expressos pelo efeito e ação.
A
credita-se que o Tetragrama hebraico
designa o nome pessoal do “Deus de
Israel”, como foi originalmente escrito e en-
contrado na Torah, o primeiro livro do Pen-
tateuco. Este tetragrama varia como YHWH,
JHVH, JHWH e YHVH. Em algumas obras,
especialmente no Antigo Testamento, escrito
em sua maioria em hebraico com partes em
aramaico, o Tetragrama surge mais de 6 mil
vezes (de forma isolada ou em conjunção
com outro nome divino). Porém, há ainda
uma crença entre os judeus do início do perí-
odo cristão, de que a própria palavra Torah
seria parte do nome divino. Há outra relação
interessante encontrada nos nomes originais
de Adão e Eva, Yod e Chawah, respectiva-
mente. Uma combinação entre estes dois
nomes resulta numa das variações do tetra-
grama YHVH, fato que sugere uma relação
entre Criador e criatura. Com o decorrer do
tempo, foram adotados outros termos para
se referir ao Tetragrama: “O Nome”, “O
Bendito” ou “O Céu”.
O místico cristão Jacob Boehme, utilizando-
se de uma cabala gráfica, a Árvore da Vida,
encontrou os 72 nomes de Deus (publicado
em 1652, no livro Oedipus Aegyppticus). Sen-
do que todos são formados por apenas qua-
tro letras, o que caracteriza o Tetragrama.
Segundo Israel Regardie, em seu livro “Magia
Hermética: A Árvore da Vida, Um Estudo
Sobre a Magia”, a fórmula do Tetragramma-
ton aplica-se aos Quatro Mundos e aos qua-
tro elementos primordiais. A letra “Y” é atri-
buída ao mundo arquetípico, sendo o Pai o
gerador de tudo, o todo-devorador dos
mundos. Neste caso, o “Y” também repre-
senta o elemento Fogo, que anuncia a natu-
reza ativa, impetuosa e espiritual do Pai. O
[30/4 10:09] PB.RAILSON SOUSA: primeiro “H” do Tetragrammaton associa-se
ao mundo criativo. Sendo receptivo e passi-
vo, a ele pertence o elemento Água. Esse pla-
no simboliza a mãe que, antes que o Filho
possa ser gerado, aguarda a energia criativa e
o influxo da vida divina proveniente do Pai.
Cabe ao mundo formativo, a letra “V”, sendo
atribuída a esta letra o elemento Ar, pois
sendo o Filho, tal como o Pai, é também ati-
vo, masculino e energético. Para complemen-
tar o nome divino, o segundo “H” é similar à
Mãe, passivo e inativo, recebe quaisquer in-
fluências que sejam derramadas em seu inte-
rior. No Livro dos Esplendores “H” é dupla-
mente chamado de Palácio do Rei e Filha, ao
representar o mundo físico, síntese de todas
as esferas.
A árvore, composta de raízes, tronco, galhos
e frutos, é vista na Cabala como uma metáfo-
ra para o processo pelo qual a luz e energia
Divinas são canalizadas na Criação. Como em
toda metáfora que contém quatro compo-
nentes intrínsecos, esta reflete, também, o
fluxo meditativo-criativo associado às quatro
letras do Tetragrama Sagrado. As raízes cor-
respondem ao Yod do nome Divino, deno-
tando o ponto da essência no coração de
toda realidade emergente; o tronco, ao pri-
meiro He, significando a expansão inicial do
potencial interior, os galhos ao Vav, o poder
da extensão quando se passa no “reino ocul-
to” de puro potencial para o “reino elevado”
da consecução; e o fruto corresponde ao He
final do nome Divino, como a expressão su-
prema do ser, atingido pela manifestação do
potencial interior dentro do contexto revela-
do da Criação.
O Yod e o primeiro He do Sagrado Tetra-
grama, que são as raízes e o tronco da árvo-
re, representam os poderes ocultos da inteli-
gência – Hockmah (Sabedoria) e Binah
(Entendimento) - que são organicamente uni-
das num elo inquebrantável. O Vav e o He
final, correspondentes aos galhos e frutos,
representam a gama dos atributos Divinos
revelados – expressos pelo efeito e ação.
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